MINHA TRAJETÓRIA
MINHA TRAJETÓRIA
Sou Flávia Azambuja, já transitei por várias áreas, dos mais diversos segmentos. Adquiri uma infinidade de conhecimentos, habilidades, através de práticas, trabalho e vivências.
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Desde cedo sempre vivi um profundo desconforto. Sentia muito as coisas, e sentia de uma forma tão absurda que chegava a escutar o inaudível, como por exemplo: as formigas andando no canto da casa, no lado de fora e olha que nossa casa era daquelas com paredes muito grossas. Sentia muita tristeza, me sentia sozinha, pouquíssimos amigos. Mas tive a sorte de ter pessoas cuidadoras, anjos que me conduziram com delicadeza. Me sentia amada. Vivia cercada de bichos e bonecas, um mundo sensorial e imaginário imenso, sempre quieta.
Tive muita dificuldade de me sentir pertencendo a algo ao longo da adolescência, depois nada fazia sentido no início da vida adulta. Quanto mais tudo ficava esquisito, mais me voltava para a arte. Quis fazer vestibular para artes, mas tinha-se esta idéia na época de que arte não era uma profissão, então fui para a arquitetura. Anos sofridos! Eu era muito boa nas idéias, na criação, mas péssima em detalhamentos, não tinha a menor paciência. Desenhava muito bem, mas odiava minha vida.
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Finalmente, depois de 2 paradas nos estudos de Arquitetura, faltando 1ano e meio para me formar, decidi parar de vez o curso. Foi uma das melhores decisões da minha vida. Fiquei solta e em crise: “o que fazer da minha vida”. Comecei a fazer free-lancers para agências de publicidade, cheguei a trabalhar brevemente em algumas. Estava solta e o Senai/RS de artes gráficas me contratou para ser arte finalista e para montar um material didático para implantar o curso de arte final para menor aprendiz. Foi o que fiz. Elaborei o material solicitado e segui para implantá-lo, ou seja: dar aula! Foi enlouquecedor! Nunca havia dado aula, tinha pânico em falar, muito mais falar em público. Efetivamnete eu não sabia me relacionar com grupos ou mesmo com pessoas.
Esperneando, comecei a dar aula, me deparando com adolescentes vindos do entorno, locais simples, com elevado índice de violência. Estas crianças traziam demandas sociais e emocionais intensas, o aprender um ofício ficava num segundo plano. Isto me deixava desconfortável e num impulso, me inscrevi para prestar vestibular para psicologia. Passei em psicologia, feliz porém com o pé em uma nova crise! Para cursar eu teria que desistir de trabalhar, visto que o curso era diurno. Decidido, pedi as contas e fui para o olho da rua. Maravilha! Sem emprego, não querendo mais desenhar, tendo que pagar um curso caro, sem dinheiro para nada. Mas segui, corajosamente. Como diz uma amiga: “mais louca do que corajosa”.
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Lembro que no auge da crise, minha grande amiga Kinicha da Costa, foi ler um tarô para mim e parou no meio, me dizendo: “tu não precisa de tarô, tu precisa de trabalho!”. De fato, minha crise era econômica. Digo sempre que ela foi a minha fada madrinha, me inseriu e conduziu com maior carinho neste universo terapêutico. Ela chamou para atender no seu espaço, aonde iniciei alinhando os chákras e na seqüência com os atendimentos presenciais da Leitura Vibracional.
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Ah, esqueci de mencionar, passei anos da minha vida com uma timidez patológica, EU não falava com as pessoas, quase morria. Em sala de aula eu me escondia para não ser achada. Pensem uma pessoa que do nada, de um lugar técnico, teve que em menos de um mês sair dando aula para duas turmas de adolescentes por dia no Senai. Foi o batismo de fogo. Foi tudo que eu precisava para destrancar a fala, para iniciar minha trajetória de atendimento a pessoas, para que eu realizasse a interpretação do material – Leitura Vibracional - que eu estava recebendo e elaborando lentamente no final dos anos 80 e inicio dos anos 90. Ai que entendemos, NADA é por acaso.
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No início dos anos 90, no auge dos meus 29 anos, neste cenário que relatei acima, vivendo uma crise existencial desterritorializante... Tudo que eu fazia ou sabia não fazia mais sentido, em meio a todo o desconforto brotou a: “LEITURA VIBRACIONAL – mapa das cores da alma”.
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Este trabalho foi se apresentando intuitiva e mediunicamente. Na medida em que eu ia sentindo a energia/vibração da pessoa que me pedia ajuda, me sentia compelida a desenhar. Fui entendendo que cada vibração, cada energia sendo diferente uma da outra, poderia ser traduzida em cor. Neste período em que desenhava de forma sensorial/mediúnica, haviam momentos em que eu pegava um lápis de determinada cor e eu jogava longe, como se estivesse recebendo um choque. No início, a ponta dos meus dedos é que decidiam a cor certa a ser utilizada. Um processo muito diferente. Nisto passei a ser aprendiz de mim mesma. Deixei que minha sensibilidade ficasse solta e me ensinasse o que era isto que estava se apresentando. Quem olhasse de fora da cena, teria certeza de que eu esta endoidando, mas eu tinha serenidade de que era algo diferente.
Nestes momentos em que lidamos com a diferença extrema é que entendemos o valor da arte. Tendo como base de vida a arte plástica e gráfica, a arquitetura, o esporte, a música. O cenário de minha casa era eclético, erudito ao mesmo tempo que simples e despojado. Meu pai engenheiro civil, calculista, doutor em matemática e física, tocava diariamente piano/música clássica; seguidamente tocava para que eu dormisse. Ele ainda toca seu piano muitíssimo bem até hoje, no auge dos seus 90 anos, um maravilhoso ariano que me ensinou a determinação, foco e persistência. Minha mãe, de uma extrema sensibilidade, com uma energia fantástica, capaz de movimentar os céus e terra caso fosse necessário, uma mulher que me ensinou a sonhar, ter vontade, uma impulsiva pisciana. Pai e mãe maravilhosos.
Falo um pouquinho dos meus pais, um micro cenário, para que vocês compreendam que com esta base eu tive a possibilidade de acolher um trabalho tão diferenciado, com tamanha beleza e magnitude.
Costumo dizer que o trabalho me escolheu, pois, na realidade, nunca intencionei idealizá-lo ou mesmo realizá-lo, eu tinha apenas uma curiosidade. Muitas vezes me foi dito que era uma missão. Hoje eu entendo e aceito esta missão, mas não pensem que foi fácil; muitas vezes tentei desistir e nunca foi possível, algo fazia com que eu voltasse a realizá-lo. Era meu compromisso de vida!
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No inicio, quando eu nada entendia, percebia que ao dormir eu me deslocava a um local no plano astral, aonde haviam mais colegas, de diferentes raças. Compartilhávamos uma sala e recebíamos instruções. Foram muitos meses com estas aulas durante meu sono. Eu estava recebendo informações para entender a lógica. Os primeiros anos foram para me preparar, não só em relação ao conteúdo, mas também para que eu entendesse que eu não estava sozinha; tinham outras pessoas recebendo este treinamento e muitos professores e mestres orientando e que tinha parceria astral.
Entendo que fazer trabalhos em parceria, mesmo que seja com o mundo astral, faz com que não sejamos arrogantes ou mesmo proprietários de uma “verdade absoluta”.
Desde então, sigo fazendo este maravilhoso trabalho: LEITURA VIBRACIONAL.
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Cada vez que realizo uma leitura/mapa eu aprendo mais um pouco. Poderia dizer que este trabalho passou a ser minha forma de meditar. Enquanto estou fazendo, não utilizo a mente racional, utilizo um outro canal, o sensorial. Amplio meus sentidos, percebo a pequena fração que me conecta ao outro. Compreendo que quando me conecto com uma pessoa, nos ligamos energéticamente por algum registro que é similar a nós; portanto, mesmo que a conexão seja invisível, em qualquer horário, qualquer distância, sem nos falarmos, sem nos conhecermos, apenas utilizando o nome, nós nos potencializamos naquilo que vibramos de forma similar. Portanto, digo que este trabalho é o ESPELHO DA ALMA, na medida em que o encontro evoca e traz consciência de como estamos vibrando.
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Em 2020 eu e minha equipe astral celebramos 30 anos de realização deste trabalho.
Todos os dias realizo pelo menos um mapa e, a cada vez que o faço, aprendo um pouco mais.
A lógica da compreensão se dá pela meditação: esvaziamento da mente, abertura do campo sensorial (corpos vibracionais). Ao me colocar nesta posição de disponibilidade e sem pré- conceito, recebo diversas informações. Quando vejo imagens, estas vão se apresentando sistematicamente por um tempo até que se transformam em linguagem. Quando escuto sons, cheiros, vontades, sei que é do campo do cliente. Quando sinto a energia pelo chákra do coração, vem informações de extrema profundidade, sobre a humanidade, sobre os mundos, planetas. E é neste entrelaçamento das linhas virtuais e pulsáteis que vou tecendo uma lógica que transita entre nosso pequeno sistema planetário, nosso cotidiano, necessidade humanas com as necessidades coletivas, do sistema planetário e do plano do invisível.
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O mais fantástico deste formato de expansão e conexão, que não há necessidade de assumir uma posição rígida, do tipo sentar em silencio, num horário certo, como aprendemos nas mais diversas proposições de meditação. Aqui posso levantar e sentar, andar, estar realizando o trabalho e desejar sair, caminhar ou mesmo interromper por um determinado tempo. Tudo é muito tranqüilo e flexível. Claro que para chegar neste formato de meditação, passei por vários treinamentos: esporte, atividade física de grande esforço físico como longas caminhadas, corridas, horas nadando levando a um limite considerável da resistência, seguido pela exaustão/entrega energética e corporal. Os processos criativos como estamparia, batik e papel maché também corroboraram para o processo. Muita leitura sobre o ser humano/psicologia, sociologia/antropologia, trabalho e desenvolvimento espiritual em centros espíritas e umbanda dando orientações de vida para consulentes. Foram muitas ações, tantas que minha inquieta alma, às vezes até esquece que vivenciou. Uma coisa é fato, sempre estive disponível para o novo.
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O grau de abertura para a vida é fundamental para transformação do nosso ser!
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Após a estruturação da Leitura Vibracional, foram vindo mais algumas ferramentas:
- Limpeza e Reequilíbrio dos 4 corpos, em 2010 aproximadamente;
- Mapa: “Contrato de Vida”, em final de 2018;
- Orientações pessoais pela internet – desde 2005 aproximadamente, sendo que em 2019 reformatei para “perguntas e respostas” que é uma orientação breve sobre algum assunto específico.
Hoje, aos 60 anos, me sinto privilegiada por ser porta voz destas ferramentas que auxiliam as pessoas a se descobrirem e transformarem de forma delicada e tranquila.
Por entender que existem uma série de ferramentas: algumas que já citei e outras que ainda estou traduzindo, achei por certo eleger um nome mais abrangente para estes formatos existentes e aos que estão por vir:
SISTEMA VIBRACIONAL – ferramentas de transformação